As mulheres .
Dá para imaginar o mundo sem elas?
E para homenageá-las a foto da Deusa
grega Afrodite.
Mas não só de Amor e beleza vive a
mulher. Mesmo o panteão Grego era compostos por diversas Deusas
que encarnavam as mais diversas qualidades, mãe, guerreira,
inteligência...um dia falemos delas com mais propriedade.
Mulheres, tão complexas e cheias de
mistérios que foram, e ainda são, as grandes musas dos escritores.
Vinicius de Moraes já dizia sobre as
mulheres em sua música Testamento:
“... É as mulheres são muito estranhas,
muito estranhas...”.
De fato entende-las não é fácil, cheias
de labirintos e complexidades, a cópia perfeita do Universo.
Mas nem só de poesia e lirismo a mulher
é formada. Há na história da humanidade mulheres fantásticas, que mudaram o
rumo da história. Elas lutaram por justiça, por Amor.
Em homenagem a essa data, seguem
algumas grandes mulheres que me inspiraram e me inspiram a seguir em frente, a
sonhar e a lutar.
Leia e encontre em uma delas sua
inspiração.
No final um link com uma lista
completa.
Feliz dia das Mulheres.
Cleópatra- A grande Rainha do Egito
Ela não era egípcia; seu sangue se
constituía de heranças gregas, macedônicas e persas. Pertencia ao Egito pela
inteligência e coração. De natureza generosa, orgulhosa e ousada, ela se
indignou quando o jugo de Roma pesou sobre aquele país cuja civilização era tão
mais antiga e refinada. Acalentou o sonho e a ambição de livrar seu povo da
tirania estrangeira.
Todos os atos de seu governo e seu
comportamento pessoal indicam que Cleópatra desde sempre acalentou a
possibilidade de reinar sobre um vasto domínio, além- fronteiras. É imperioso
abandonar o clichê da Cleópatra voluptuosa, ocupada apenas com paixões e
prazeres. Ou, ao menos, é preciso reconhecer que, se essa Cleópatra realmente
existiu, ela não era sua única face. Seu caráter e seu temperamento afastam
qualquer tentativa de delimitação. A obstinação de definir de modo tão
apequenado uma personalidade de prodigiosa complexidade não resiste diante das
afirmações dos melhores historiadores da dinastia ptolomaica, que reconhecem
todos nessa mulher as qualidades e as ambições de um grande rei.
Ao mesmo tempo, era mais sábia e mais
culta do que qualquer mulher da época. Falava fluentemente egípcio, árabe,
persa, aramaico, etíope e somali, além de suas línguas maternas.
Plutarco afirmou que ela não era
bonita. Ela devia o domínio que exercia sobre os homens que se aproximaram
dela, exceção feita ao glacial Otávio, à inteligência brilhante, sedutora,
feita de mil facetas, viva, fulgurante, capaz de cegar.
Em resumo, uma mulher impressionante.
Boadicea - a mulher que os Romanos temeram
Boadicea (morta em 61 D.C.) tornou-se
rainha da tribo Iceni, com a morte de seu marido, o rei Prasutagus, que havia
governado como rei sob a jurisdição do imperador romano Nero a região conhecida
hoje como Norfolk e Sussex, na Inglaterra. Prasutagus tentou assegurar proteção
imperial para a sua família deixando um testamento em que dividia suas terras
igualmente entre suas duas filhas e Nero. Entretanto , após sua morte,
Nero imediatamente anexou todas as terras. Os soldados romanos
torturaram Boadicea, violaram suas filhas, e escravizaram os homens da tribo
Iceni.
Enraivecida, a orgulhosa rainha
convocou seus conterrâneos a expulsar os invasores romanos, conseguindo reunir
uma força de mais de 100 mil pessoas, incluindo mulheres e crianças. Por muitos
anos, os impostos romanos na Anglia Oriental eram extremamente pesados e a cruel
supressão dos Iceni serviu como pretexto para o combate. Com o governador-geral
romano Suetonius Paulinus e suas topas afastadas, pois lutavam contra os
druidas no norte do País de Gales, a situação era favorável a uma revolta
em grande escala.
Os bretões destruíram a colônia romana
em Camulodunum (atual Colchester), saquearam Londinium (Londres), queimaram a
capital tribal de Veralamium (atual St. Albans) e derrubaram diversas posições
militares. Segundo o historiador Cornelius Tacitus as forças de Boadicea
mataram cerca de 70 mil soldados romanos e simpatizantes britânicos, e quase
aniquilaram a Nona Legião Romana que vinha de Lincoln para dar reforço.
Ao voltar com 10 mil soldados,
Suetonius confrontou-se com os bretões no campo, perto de Fenny, em Stratford.
A própria Boadicea foi até a batalha em uma biga, acompanhada de suas duas
filhas. Vários dias de combates violentos transformaram-se em um dos piores
massacres da história britânica, com os romanos eliminando 80 mil bretões –
quase um décimo de todos os celtas da Inglaterra. Para não ser capturada,
Boadicea se envenenou.
Como resultado da revolta de Boadicea,
o governo romano adotou uma política muito mais justa na administração da
Bretanha, e Suetonius foi substituído por um governador mais moderado. Nero,
que havia cobrado impostos altíssimos para reconstruir Roma e se regalado com
assassinatos sem limite de suspeitos inimigos, foi condenado à morte pelo
Senado romano. Antes de ser executado, o imperador se suicidou.
Em 1902, uma estátua que representava
Boadicea segurando uma lança e comandando uma biga puxada por dois cavalos, foi
colocada próximo à ponte de Westminster, sobre o rio Tâmisa, de frente para as
Casas do Parlamento, em Londres. Em sua base, está inscrito :
”Regiões que César nunca conheceu,
Hildegarda de Bingen – a mulher que influenciou sua
época.
Personalidade muito citada, mas de fato
pouco conhecida pelo grande público moderno, rompendo as barreiras
dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo, se
tornou respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos, louvada por seus
contemporâneos em altos termos. Hoje é considerada uma das figuras mais
singulares e importantes do século XII europeu, e suas conquistas têm poucos
paralelos mesmo entre os homens mais ilustres e eruditos de sua geração.
Seus vários e extensos escritos mostram
que ela possuía uma concepção mística e integrada do universo, ainda que
essa concepção não excluísse o realismo e encontrasse no mundo muitos
problemas. A solução para eles, de acordo com suas ideias, devia advir de uma
união cooperativa e harmoniosa entre corpo e espírito,
entre natureza, vontade humana e graça divina. Mas não
tentou inaugurar uma nova corrente de pensamento religioso; sempre permaneceu
fiel à ortodoxia do Catolicismo, e combateu
as heresias e a corrupção do clero. Quis acima de tudo desvelar
para seus semelhantes os mistérios da religião, do cosmos,
do homem e da natureza. Para ela o universo era a resposta
para as dúvidas da humanidade , e a humanidade era a
resposta para o enigma do universo . Mas, como ela escreveu, se a
humanidade não fizesse a pergunta, o Espírito Santo não poderia
respondê-la.
Foi à primeira de uma longa série de
mulheres influentes tanto na religião como na política, e um representante
típico da aristocracia cultural beneditina. Orgulhosa de pertencer a uma elite social
e espiritual mostrou -se , no entanto, humilde e submissa a Deus.
Além de mística, teóloga e pregadora,
foi poetisa e compositora talentosa, deixando obra de vulto e original. Também
fez muitas observações da natureza com uma
objetividade científica até então desconhecida, especialmente sobre
as plantas medicinais, compilando-as em tratados onde abordou ainda vários
temas ligados à medicina e ofereceu métodos de tratamento para várias
doenças.
Joana d'Arc – A guerreira menina .
Joana D’arc nasceu na França no ano de
1412 e morreu em 1431 (época medieval). Foi uma importante personagem da
história francesa, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), quando seu país
enfrentou a rival Inglaterra. Joana D’arc foi canonizada (transformada em
santa) no ano de 1920.
A história da vida desta heroína
francesa é marcada por fatos trágicos. Quando era criança, presenciou o
assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a
vila em que morava. Com 13 anos de idade, começou a ter visões e receber
mensagens, que ela dizia ser dos santos Miguel, Catarina e Margarida. Nestas
mensagens, ela era orientada a entrar para o exército francês e ajudar seu
reino na guerra contra a Inglaterra.
Motivada pelas mensagens, cortou o
cabelo bem curto, vestiu-se de homem e começou a fazer treinamentos militares. Foi aceita no
exército francês, chegando a comandar tropas . Suas vitórias
importantes e o reconhecimento que ganhou do rei Carlos VII despertaram a
inveja em outros líderes militares da França. Estes começaram a conspirar e
diminuíram o apoio de Joana D’arc.
Em 1430, durante uma batalha em Paris,
foi ferida e capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Foi
acusada de praticar feitiçaria, em função de suas visões, e condenada a morte
na fogueira. Foi queimada viva na cidade de Rouen,
no ano de 1431.
Marie Curie – A primeira mulher a ganhar um Nobel.
A primeira mulher do mundo a ganhar um
prêmio Nobel. É assim que começa a maioria das biografias sobre Marie
Curie, que em uma época onde
apenas os homens iam a universidade descobriu um elemento químico e iniciou uma
verdadeira revolução no meio científico.